
Só para registrar a genialidade de Patativa. Que fazia versos não importa o momeno, afinal o momento era o verso.
Preso, encarceirado por conta do poema " Prefeitura Sem Prefeito" que vimos abaixo, ele olha para a gaiola e vê uma Patativa (ave muito comum no sertão, famosa pelo canto. Mesma ave que dá apelido ao poeta).
E emendo esses versos perfeitos.
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Patativa descontente,
Nessa gaiola cativa,
Embora bem diferente,
Eu também sou patativa.
Linda avezinha pequena,
Temos o mesmo desgosto,
Sofremos a mesma pena,
Embora em sentido oposto.
Meu sofrer e teu penar
Clamam a divina lei.
Tu, presa para cantar,
Eu, preso porque cantei.
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