P -

Faça dos seus problemas,
assim como Roberto Carlos, "detalhes tão pequenos".
Não desista,
como Tim Maia, "vá a luta porque a vida é curta".
Nossas ações,
como o canto de Djavan, "deixa vir do coração".
Se a raiva surgir,
copie Lenine "Eu finjo ter paciência".
Tenha claro na mente
Que como diz Caetano, "quando a gente gosta é claro que a gente cuida".
Quando achar que querem brincar com você
Do mesmo modo que fez Cassiano grite "Oh! Comigo, não!".
Fuja sempre que sentir-se,
igual ao Ed Motta, "Um triste pierrô, mal-amado".
Plagiando Cássia Eller,
"deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar"
E como último ato, por Paulo Vanzolini,
através da voz de muitos intérpretes,
se você cair "levanta, sacode a poeira e dá a voltar por cima".


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Juntando cada letra de cada postagem deste mês, formamos uma palavra que está presente na vida de toda e qualquer pessoa. É comum ter PROBLEMA e deveria ser comum solucioná-los. Vá além, aprenda com eles.

PROJETO PROBLEMAS, finalizado.

R -

A felicidade não se resume na ausência de problemas, mas sim na sua capacidade de lidar com eles.


Lide bem.

O -

Corri até minhas pernas cansarem. Bati até não mais poder. Apanhei até não mais agüentar. Chorei até meu pranto secar, sorri até meu rosto corar, lutei sem saber se ia ganhar, persisti mesmo com a certeza que ia sair derrotado, fui em frente quando disseram para parar, fui valente quando entoaram que era loucura, tive coragem quando me acusaram de não medir as conseqüências, fui sábio quando abri mão de alguns sonhos em nome de princípios e valores.

Parei de me queixar para entender o que estava acontecendo, creditei a uma fase coisas que aconteciam por descuidos meus, acreditei até o final mesmo sem saber se era possível chegar até lá, não usei pessoas como escada, já fui escada para algumas pessoas.

Hoje caí, chorei, orei, desconfiei, mas segui. Lembrei da frase do meu preparador “você vai superar como superou tudo até agora", fui tomado por desespero, por medo, aflição. Fiquei apreensivo. Tive fé, mas algo muito longe do tal grão de mostarda... Como um leão ferido, sigo minha caçada e o motivo para que você siga a sua.

B -

Firmeza no andar, olhar confiante. Derrota é desconsiderada pela vitória estampada no semblante. Segue o homem em meio ao caos. Some ao adentrar a multidão. Torna-se mais um e esse é o maior dos seus medos. Nascer como mais um é nosso estigma, mas morrer assim é opcional. Quantas almas você tocou? Quantas vidas marcou? Quantas pessoas fez sorrir? Quantas fez chorar? Por quantos sorriu? Por quanto chorou? Se ainda não viveu isso, preocupe-se.

Em meus quase vinte anos de caminhada, ví muitos rostos, milhares de personalidades... Vi a maioria seguir o fácil e não o certo. Fazer o simples. Mas o risco alguma hora tem que ser assumido. Vi muitos outros buscarem sucesso achando que isso era felicidade. Uns querendo ser conhecidos, outros querendo ser reconhecidos... Vi que muitos acreditam no que dizem sem investigar e se deixam levar
por boatos. Tornam sua mente, que deveria ser sua principal aliada na vida, a maior vilã de todas as situações conturbadas. Vi medo em excesso virar covardia, vi confiança demais virar soberba, vi fortes serem subestimados e fracos superestimados, conheci os de braços fortes e mentes hipertrofiadas.

Observei contas bancárias cheias e vidas vazias, falsos amores, paixões relâmpago (bonito, rápido e potencialmente devastador), abracei pessoas que não devia nem estender as mãos e ignorei pessoas que deveria amar... Aprendi que viver é cair cem vezes e levantar cento e uma. É ter por perto quem se ama, fazer o que se gosta. Forcei-me a aprender que é minha obrigação valorizar minhas lágrimas e que meus sorrisos não fazem bem só a mim, eles contagiam. Até hoje vejo maldosos, oportunistas, tripudiadores e sei que eles para sempre irão existir, porém devo aprender a conviver e me preservar deles.

Hoje sei que falhei, falho e falharei, mas que isso é normal a partir do momento que eu reconhecer,me desculpar e não cair no mesmo erro. Sei que o ostracismo é inimigo do homem moderno, que o comodismo pode ser fatal e poupar-me demais seria um retrocesso. Às vezes é preciso dar um passo para atrás para dar dois para frente. Que voltar ao começo não é se humilhar, que nossa raiz não pode ser esquecida, que derrotas ensinam mais que vitórias, glórias escondem erros e verdades, boas ou ruins, são mais dignas. E sabendo de tudo isso, diante de tal complexidade, sigo e te aconselho a seguir também. Construa pontes ao invés de muros. Não se isole. Misture-se para conhecer, mas com cautela, faça o seu melhor sempre e principalmente no que você gosta, marque alguém, marque o mundo, prove que passou por aqui. Que seus atos e suas palavras tenham sua assinatura no fim. Aí sim, certamente saberemos se tudo isso valeu a pena.

L -

Quando suas pernas não agüentarem mais a caminhada
Seus braços cederem ao peso do fardo
Sua coluna se curvar com peso da sua cruz carregada
Não desista.

Quando todos disserem para você parar
Quando a água chegar ultrapassar seu pescoço
Quando o vento contra ti soprar
Resista.

Se o obstáculo é alto demais, contorne
Se não dá para se manter, se transforme
Lembre-se que o final é compensador
Invista.

Confie no seu trabalho durante a trajetória
Tenha confiança nas centenas de momentos de inglória
O prêmio maior da guerra sem fim, é a vitória
Insista.


Ninguém é tão forte forte que não precise de ajudar
nem tão fraco que não possa ajudar algúem.

E -

Quando o problema chegar, espere
Rapidamente se recupere
Faça o que é certo, não o que você prefere
A maneira de encarar as coisas é o que nos difere
Antes que o mal se prolifere,
Problematiza e digere,
Pois quem cultiva o ódio o próprio coração fere
Estude bem o problema, pois a ele a solução se adere
Feito tudo isso, supere, sorria e prospere.

M -

DUAS OPÇÕES

Diante das adversidades,
Você pode reclamar, chorar, espernear, se magoar, se recriminar, buscar alguém para culpar, um dedo apontar, reclamar, não se acalmar, não buscar melhorar, se conformar, piorar, tentar confrontar, se afastar, esquecer para lembrar, vencer sem ganhar, ir para voltar, sorrir para não chorar e no fundo pensar: Como ninguém se comove?

Ou você pode se reinventar, repensar, raciocinar, mastigar, esquematizar, problematizar, não se esquivar, enfrentar, compreender e mudar, nos amigos se apoiar, procurar melhorar, resolver e falar, gritar até o pulmão ficar sem ar: consegui!

Neste instante,
Irás agradecer, por ajudar a resolver, por na loucura eu te entreter e sem ao menos perceber, seu problema se foi e só restou o que? Você.

A -

Para problemas de dinheiro, dinheiro é solução.
Para problemas no amor, o amor é solução.
Para problemas na família, a família é a solução.
Para problemas de comunicação, o diálogo é a solução.

Nosso problema, é também nossa solução. Não devemos fugir da adversidade, pois é comprovado que elas são mais rápidas que a gente. Sempre nos encontrarão ou no ato ou mais para frente. Iguais ou maiores, jamais menores. Não deixe seu problema ser maior do que você. Cautela demais é medo, medo em excesso é covardia. Os fracos diante da crise nem tentam, os covarde rapidamente desistem... Mas para quem foi feito o mundo? Para os fortes, eu digo. Os fortes conquistam. Conquiste. Não se deixe levar por marés ruins ou fases. Muitas coisas ruins acontecem porque tem que acontecer, mas não deixe coisas ruins acontecerem porque você deixou que acontecessem. Viver é mais que solucionar problemas. É transformar suas resoluções num enorme prazer. Assim como a vida, o problema, o tempo, transforme-se. Como diz o subtítulo do blog: Mesmo que a situação seja cômoda, busque mudar. A vida é movimento. Não se contente, busque sempre algo melhor. Seja mais você. Não apenas por você, mas pelo outro. Colecione soluções e não problemas. O melhor sentido da vida é viver.

MENINO DE RUA

Poesia de Patativa do Assaré, MENINO DE RUA.
O poeta sertanejo de volta ao blog.




Menino de Rua, garoto indigente
Infanto Carente,
Não sabe onde vai
Menino de Rua, assim maltrapilho
De quem tu és filho
Onde anda o teu pai?

Tu vagas incerto não achas abrigo
Exposto ao perigo
De um drama de horror
É sobre a sarjeta que dormes teu sono,
No grande abandono
Não tens protetor

Meu Deus! Que tristeza! Que vida esta tua
Menino de Rua,
Tu andas em vão
Ninguém te conhece, nem sabe o teu nome
Com frio e com fome
Sem roupa e sem pão

Ao léu do desprezo dormes ao relento
O teu sofrimento
Não posso julgar,
Ninguém te auxilia, ninguém te consola,
Cadê tua escola,
Teus pais teu lar?

Seguindo constante teu duro caminho
Tu vives sozinho
Não és de ninguém
Às vezes pensando na vida que levas
Te ocultas nas trevas
Com medo de alguém

Assim continuas de noite e de dia
Não tens alegria
Não cantas nem ri (sic)
No caos de incerteza que o seu mundo encerra
Os grandes da terra
Não zelam por ti
Teus olhos demonstram a dor, a tristeza,
Miséria, pobreza
E cruéis privações
E enquanto estas dores tu vives pensando,
Vão ricos roubando
Milhões e milhões
Garoto eu desejo que em vez deste inferno
Tu tenhas caderno
Também professor
Menino de Rua de ti não me esqueço
E aqui te ofereço
Meu canto de dor