terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Escândalo do calote



Esquecendo a parte cômica do assunto e seguindo pela parte trágica, entenderemos agora a sequência dos fatos desde o início do semestre. A história começa muito antes deste ano de 2010 que vai se encaminhando para o fim. Mas pularemos essa parte, apesar de sabermos que nosso passado nos persegue e nos condena.


O protagonista desta saga se chama Pitter(à esquerda), mas outros personagens centrais podem ser citados como os atletas, preparador físico e até staff de outra categoria. Sem citar nomes, as informações serão passadas a seguir.

Em reunião, Pitter questiona o preparador físico sobre o segundo semestre. Afirma querer contar com os melhores jogadores, para rumar ao título e construir uma história vencedora pelo clube que ele representa, ou representava já que está 'foragido' em outro estado. Quando seu preparador e auxiliar o indagou sobre o financeiro, ele afirmou com todas as letras que dinheiro não era problema, que daria para pagar bem os atletas e ainda sobraria dinheiro, pois o patrocínio estava praticamente fechado. Mesmo quando perguntado sobre a certeza da liberação da verba, ele fez a seguinte exclamação: "já menti alguma vez?!?!". O passado dizia que sim, mas a educação, a ética e o profissionalismo de seu assistente, não lhe permitia contrariá-lo.

Esse foi o seu primeiro e crucial erro. Formou-se uma comissão para convidar atletas para formar o elenco do São Cristóvão F.R no segundo semestre de 2010. Danilo (preparador físico), Alyson (atleta) e Renan Pradro (atleta), formalizaram os convites acreditando na veracidade do que lhes foi colocado pelo até então treinador da equipe alvinegra. É importante deixar claro, que jamais foi posta em dúvida a integridade destas três pessoas anteriormente citadas, foram transparentes desde o primeiro momento e assim quinze atletas foram selecionados. No primeiro dia de treino, Pitter chamou individualmente seus atletas e acertou a parte financeira com cada um. Começaram os treinos e a enxurrada de promessas: obra na quadra, três patrocinadores na camisa, ginásio para quatro mil pessoas, projeto para ingresso na Liga Futsal, patrocínio de uma mega marca de material esportivo entre muitas outras coisas que não são tão importantes dizer.

É importante frisar que o treinador/diretor do clube, liderava este 'projeto' sozinho. Sem participação de presidente, diretor financeiro, auxiliares e nenhum outro membro externo ou interno. Chegado o dia da estréia, atletas conversaram sobre a possibilidade de não entrar em quadra, pois ali já estavam com um mês, o primeiro salário, atrasado. Mas tomados pela paixão pelo esporte e a crença na idoneidade do seu treinador, estrearam com vitória no campeonato.
Sucederam-se outros jogos, completou-se mais um mês, e outro, e outro... Treinos foram cancelados por falta de verba para financiar a passagem dos atletas, o ritmo de treino diminuiu e prejudicou o trabalho excelente iniciado por Danilo Mattos em julho. A quebra de forma foi determinante para a desclassificação da equipe e isso ficou flagrante para os presentes no Ginásio no dia das quartas de final, sem tirar o mérito da excelente equipe mineira do Bom Pastor que foi dura até a semifinal. Quando os atletas resolveram tomar uma atitude, já era tarde. Fase final se aproximava, classificação próxima, a vitrine de jogar uma semifinal ganhou papel principal e os jogadores seguiram firmes na campanha, mas completamente desacreditados de algum pagamento.


São Cristóvão F.R 2 x 3 Clube Bom Pastor


A derrota para o Bom Pastor encerra uma campanha que acabou ficando devendo dada a qualidade do grupo que tinha em mãos. Sem julgar a qualidade do nosso protagonista como técnico, sigo em frente na sequência dos fatos. Ao término do jogo, Pitter reúne seus atletas e promete pagar até dezembro, afirmando que somos atletas do clube e seremos tratados como tal.
Hoje é dia 21, nenhum tostão foi visto por um membro do grupo sequer.

EPISÓDIO DO CELULAR

No dia 13 de dezembro, segunda-feira, parte dos atletas foi cobrá-lo na porta do clube. Quando um dos atletas o contatou por celular, ele afirmou estar na prefeitura de Piraí, acertando valores de patrocínio, disse ainda, que ele estava pagando interurbano e desligou o telefone. Passados dois minutos, ele aparece na porta do clube, quase que de forma mágica. Os ânimos se exaltam, atletas o acusam, uma discussão acalorada se dá na porta do clube e ele dá sua palavra que fará um empréstimo e pagará os atletas na segunda-feira dia 20. Mais uma vez, isso não era mais do que uma tentativa de ganhar tempo, mas desta vez, ele viajou para Santa Catarina, informações trazidas por fontes trazem outra novidade. Ele liga do sul e diz para um membro do São Cristóvão "se eu não voltar, vocês assumem por aí". De maneira irresponsável e leviana, ele joga a problemática toda para outras duas pessoas que foram íntegras desde o primeiro contato com os que lá jogavam.

CHEGA

Chega destes falsos profissionais trabalhando no meio desse esporte que sonha em ser Olímpico. Quantos talentos se perderão por causa de pessoas como esta? Não estou sendo dramático, muito menos estou aqui para julgá-lo, dizendo se está certo ou errado. Estes são os fatos. Tudo que é verídico está no texto acima. Forme você a sua própria opinião. Conclua por si. Este tipo de pessoa nos faz marcar passo, caminhar para trás, inibe o progresso de um esporte maior do que todos nós. No país do melhor futsal do mundo isso devia ser intolerável, mas infelizmente tornou-se normal. De cara limpa e consciência tranqüila, posso expor meu sentimento de revolta através dessas palavras. Que 2011 seja um ano melhor do que esse 2010, assim como reconheço que esse 2010, para nós do futsal, foi melhor do que 2009.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

L


O que olham meus olhos...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

H


Olhos enxergam. Olhos que clamam, que apelam, que lutam, que ganham. Olhos que falam, repreendem, aprovam. Olhos coagidos, amedrontados, extorquidos, enviam calor em meio ao frio, a lágrima que foge do olho sem exigir dó de ninguém, te faz presenciar sem estar presente e sentir na alma a dor da carne. Trazem a marca de um povo. Trazem a cultura de uma região. Trazem muito mais do que retinas, cores, íris... Muito além dos vãos filósofos. Contém e transmite, mais do que se vê, mas tudo que se sente e tudo que se passa. Olhos que clamar por LIBERDADE.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O



----------------SemResenha-----------------


Olhos enxergam. Quando jovens, não vêem cor, não vêem raça, não diferenciam, igualam. Ingênuos, inocentes e belos por serem puros. O tempo passa. Eles escurecem. Junto vêm novos olhares. Os que julgam, acusam, apontam, invejam e junto com esse mix de situações, aprendem. Alguns olhos, seguem perversos, maldosos e talvez por verem tanto o que tem e às vezes até o que não tem, o tempo passa mais e mais, até que são punidos. Visão embaça, só vê de perto ou só vê lá longe. Mas ver, vai muito além do que se enxerga. Cor? Importante apenas para agradar a vista ao se deparar com o colorido, aos homens de nada serve, nada altera, nada define, nada rotula. Olhos enxergam?

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

S


-----------------------Sem Resenha---------------------------

Olhos enxergam. Você é daqueles que olha sem ver? Pense que todos são assim. Olhos que vêem o tempo. Mas não vêem horas, minutos e segundos... Acompanham a passagem, duração e toda a complexidade que existe em viver. Olhos que formam linhas do tempo, que projetam, que especulam, que insinuam, que provam. Tem o poder de nos fazer crer e descrer em segundos. Desafiam a realidade. Apontam o tempo ignorando o relógio, registram memórias visuais, guardam boas e más lembranças. Olhos. Os mesmos que nos premiam com belas paisagens, nos punem com a degradação que o tempo e o homem propiciam a tudo. Olhos visionários. Olhos pioneiros. Produtores de olhares. Registradores do tempo, muito além do tic tac.