
A Copa mais justa de todos os tempos. É isso que estamos assistindo através das trinta e duas câmeras estrategicamente posicionadas pelos belíssimos estádios da África do Sul. Até agora, não passou uma só seleção que não merecesse. Mas não vim aqui para falar de justiça esportiva, vim para falar dos gigantes que se curvaram diante de seleções sem tradição.
A França era a imagem do caos, suas atuações era o prenuncio da tragédia e suas crises exteriorizadas à imprensa eram o atestado da derrota. Virou caso de Governo. Pior do que a vergonha de sair na primeira fase é cair de joelhos. O semblante dos jogadores franceses de 'não tô nem aí' era flagrante e dava razão ao misto de raiva, vergonha e revolta sentida pelos torcedores franceses em todo o mundo.
Dois dias depois foi a vez da Azzurra. Diferente dos franceses, o semblante acusava o golpe. A vergonha e a impotência da seleção italiana. Não faltou vontade. Faltou bola. A qualidade faltou em muitos momentos, a escalação também não foi a ideal. Ví Di Natale perder gols que não costuma perder, Pepe dar pontapés, De Rossi ter falhas infantis, Canavarro eu não vi no jogo. Aliás, alguem viu? A dor da eliminação foi sentida além da carne. Sentiu-se na alma. Quagliarella desabou em um choro guardado por quatro anos e três partidas.
Professor Lippi, se não levou os jovens, não renovou sua seleção... Já que levou os 'coroas', porque deixou Totti e Del Piero de fora? Abusou da sorte. Parabéns também a Eslováquia que com Hamsik e Vitek na frente endiabrados e em dia iluminado, tiveram seus méritos.
Me passa na cabeça sempre que penso em Copa " Brasil, Brasil, não vai me aprontar..." Na minha aposta só falta a Alemanha cair, ainda confio na vitória contra a Laranja, que tradição não tem nenhuma, mas qualidade tem sobrando. Vamos torcer, até agora temos nossa mente limpa que se cairmos, ao menos caímos de pé. Se é que isso é consolo!